Ela me seduziu.
Seus olhos sempre
opacos;
Seus lábios
desdenhosos;
Qual mortal
resistiria?
Tudo era encanto.
Ela gargalhava,
e beijava-me enquanto
meu coração
batia em suas mãos.
Triste fim da
realidade;
Apaixonei-me por uma
bruxa.
Foram tantos os
perigos e feitiços;
Não havia limites em
seus horizontes.
Por mestre ela
chamava o homem das sombras;
Ajoelhava; cantava;
vibrava;
E a magia lhe brotava
como nas fontes.
Eram sempre seus os
primeiros brados
diante da desgraça e
da miséria humana.
Com sua voz
amaldiçoada
arranhava minhas
memórias;
E eu lhe entregava
Alma; corpo; mente e
vida.
Certo dia ela
mostrou-me
Um homem de vidro.
Ele imitava meus
gestos;
Roubava meus sonhos.
Dizia ele que seria
rei um dia;
Mas a bruxa
desmentia-o;
Cochichava eu meu
ouvido:
“Pobre rapaz, não
sabe
que desta moldura
nunca sairá;
Desconhece o seu
futuro;
Esqueceu quem é e
onde está.
Ignora que há muitos
maiores e melhores do
que ele.
Pobre rapaz, não sabe
que desta moldura
nunca sairá”
Enquanto a bruxa
dissolvia-se nas sombras,
eu comtemplava o
homem de vidro;
Alegre e sorridente
no seu mundo particular.
Ainda podia-se ouvir
a gargalhada terrível
da minha amada
malfeitora;
Como que me lembrando
que e a verdade
está do lado de cá da
vida.
2 comentários:
Que bruxa!
Tens o telefone dela? rsss
www.cchamun.blogspot.com.br
Tenho pavor de poesia mal elaborada e a sua não faz parte da maioria que vejo por aí! Parabens pela capacidade de nos envolver com belas historias.
Me faz uma visita? http://mardeletras2010.blogspot.com.br/2012/09/cidade-bipolar.html
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