Via-se ao longe uma nuvem escura,
E dela a tempestade se fez;
Lembrando ao povo mais uma vez
Que para nossa doença não há cura.
E das paredes caíram os retratos;
Enterraram-se as histórias antes contadas;
Fez-se uma fogueira dos contos de fadas;
Não havia nada nos livros além de ratos.
Foi na praça o primeiro tiro;
Calando as vozes dos guerreiros de outrora;
Silenciados pela ópera da tortura.
Mas foi da menininha o grito
De que a tempestade acabara;
Surgia enfim um arco-íris rompendo a loucura.
3 comentários:
Gostei da poesia, mas não do final. A quebra da loucura estragou o efeito em que eu estava.
Eu não iria colocar esse final, mas algum sentimento de esperança me tomou. Coisa estranha.
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
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