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terça-feira, 30 de julho de 2013

PONTEIROS GRANDES E PEQUENOS

Quando a hora chegar
Não existirão mãos para me segurar
O mundo descobrirá que esta venda não me cegou
Não me impediu de saber que o céu fica acima
E o inferno abaixo

Nem todas as bocas e vozes conseguirão
 Abafar meu rugido, quando a hora chegar
E toda a gente se calará
Suspensa no escândalo do espetáculo

Quando a hora chegar, meu canto ganhará melodia
Quebrarei esta casca dura e fria
E verei a luz do sol, e serei o sol
A verdade habita este casulo, e o sonho, o medo...
No primeiro estalo recuarão
No segundo, me virarão as costas
Não existem muralhas do lado de fora
Apenas olhos, e olhares

Quando a hora chegar, não existirá mais medo
De mim sangrará o sangue dos anjos

Pegarei para mim meu futuro
Aquele que podaram e remendaram
Darei um passo, depois outro, depois voarei
Perderei abraços e laços, e as estrelas que nomeei se apagarão
Mas ganharei a vida, e o livro no qual se escreve minha história

Quando a hora chegar, abrirei as asas.

...

Um comentário:

Claudio Chamun disse...

Asas todos precisamos criar.