Família Silva conta história de tragédias
familiares em exposição
Na
próxima sexta-feira será inaugurada, sob o viaduto Tancredo Neves, a exposição
“Silvas sós”. A mostra conta a trágica história da família mais populosa e
miserável do Brasil. Maria José da Silva, dona de casa, negra, evangélica, mãe
solteira e curadora da exposição, conta as novidades: “A gente vai poder ver de
perto um monte de noiado fumando crack, de verdade. Também vai ter o parto
coletivo. Cinquenta rapariguinhas de 13 anos vão parir lá, ao vivo. Os pais das
criança vão tá tudo se drogando e roubando os convidado. E o ponto alto da
coisa vai ser a repressão dos policiais aos favelado. Vai ter abuso de poder,
agressão gratuita e muito mais. Três mortes, no mínimo, estão programadas para
acontecer. Um dos defuntos vai ser meu filho, Weslley Silva, de 12 anos. Ele é
aviãozinho do tráfico.” A mostra conta com direção artística de Sônia Abrão e
Datena. O buffet fica a
cargo de Selma do espetinho. Sem data para terminar, a exposição também pode
ser conferida em todas as periferias brasileiras.
Fotos do ensaio Simulacrum Praecipitii, de Alessio Ortu.
*Este texto é ficcional.
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